terça-feira, março 20, 2007

Jogo dos 7 erros

Estive uma semana ausente. Estive em Porto Alegre. E depois de 3 rodadas de vexames, o Inter finalmente desencanta e venceu uma partida...

Mas o post de hoje não será sobre a vitória do Inter sobre o Juventude. Apesar disso, tenho que falar que este era para ter sido o meio-campo com Vargas e Ji-Paraná é que deveria ter enfrentado o Vélez. As chances do Inter ter saído da Argentina com ao menos um pontinho seriam bem maiores. Mas, mudando de assunto novamente, reservo este post para fazer uma análise dos erros cometidos pela direção colorada que justificam esta seqüencia de resultados ruins obtidos pelo Inter em 2007. Parece aquelas brincadeiras das revistas de passatempo, onde 7 erros estão presentes, mas não são percebidos à primeira vista. Então, vamos aos erros:

* Erro 1: pré-temporada mal realizada. Nada tira da minha cabeça que o número excessivo de jogos-treinos influi no mau rendimento da equipe. Só fazendo um comparativo: em 2006, a pré-temporada do Inter consistiu de apenas um amistoso e um jogo-treino; durante o ano todo, foram realizados apenas 3 jogos-treinos. Já em 2007, em apenas 2 meses foram 6 jogos-treinos!

Eu acredito que os jogadores com as goleadas em cima do Sindicato dos Atletas Profissionais e acharam que o time estava pronto para encarar as competições do ano. Ledo engano! Claro que o grupo que foi campeão mundial só começaria a se preparar para a temporada mais tardiamente que os outros adversários. Mas o Inter deveria ter acertado amistosos para valer com equipes fortes. Aí sim o grupo começaria a se adaptar à Libertadores antes dela começar. Afinal, o que é melhor: tomar um sacode do Boca Juniors, River Plate, Olímpia etc. em um amistoso, ou fazer esse monte de jogos-treino e tomar uma saraivada do Vélez na Libertadores?

* Erro 2: perda de jogadores importantes. Fabiano Eller foi fundamental para a conquista do Mundial no Japão. Assim como foi Luiz Adriano. O primeiro demonstrava toda a vontade de permanecer no Inter. Bastava a direção pôr a mão no bolso e pagar na hora a exigência do time turco dono do passe do Eller. Para quem pagou 1,5 milhões de euros (quase 4 milhões de reais) por um jogador da segunda divisão italiana (é duro de acreditar que o Inter trouxe o Pinga por esse preço), pagar 1 milhão de dólares não é nenhum absurdo. Se o Inter não ficou endividado com a péssima contratação do Pinga, por que ficaria com a do Eller?

E o Luiz Adriano foi de graça para a Europa. Eu sonhava em ver ele fazendo dupla com o Pato, nem que fosse no Gauchão, como eles fizeram em tantas partidas. Ele estaria disputando a posição do ataque colorado, ataque esse que anda fazendo muito poucos gols nesta temporada... E agora a dificuldade é para manter o Vargas. Dai-me forças, ó Senhor!

* Erro 3: demora nas contratações. Bueno, se o Inter perde um grande jogador como o Eller, nada mais normal do que trazer um substituto à altura. Correto? Não para o Píffero. Ele resolveu apostar na zaga que sobrou do Inter, isto é, no Ediglê, Wilson e Rafael Santos, que foram contratações da época do Fernando Carvalho. A verdade é que juntando o futebol paupérrimo dos três, não dá para se ter um zagueiro que acompanhe o Índio no mesmo nível.

Além disso, o Inter carece de lateral-esquerdo desde a saída do Jorge Wagner. O Hidalgo foi uma baita bola fora do FC, e o Píffero nada faz para solucionar o problema. O lado esquerdo do inter é uma lástima, é por onde os adversários têm feito a festa!

* Erro 4: usar o time completamente reserva no Gauchão. Se o Inter tivesse a fim de recuperar a sua hegemonia no certame estadual, jamais deveria ter feito a burrada de sdisputar metade da primeira fase com o time todo reserva. Pior, como que o Inter acreditou que poderia vencer um clássico, como contra o Juventude, com o inexperiente time B? Era pedir para tomar surra!

Na verdade, o Inter subestimou demais os adversários no Estadual. Deveria ter, no máximo, colocado um time misto, principalmente no jogo contra o Juventude onde a vitória era crucial. Os titulares só foram colocados em campo após decorridas 8 partidas. Mas acbaram entrando a 50 por hora na competição em que os adversários estavam a 100...

* Erro 5: desrespeito ao torcedor. A torcida foi surpreendida logo no início do ano, com a notícia que as mensalidades dos sócios seriam aumentadas. Ok, logo pensei que seria mais uma maneira de obter renda e, assim fazer grandes contratações e sem precisar vender nossos craques. Mas aí ocorreram os erros anteriores, que acabaram por desanimar a torcida, que a cada dia vai em menor número ao Beira-Rio.

A partida contra o Emelec teve 34 mil, pouco se levarmos em conta que era estréia do Campeão do Mundo em casa na Libertadores. Justifica-se pelo abusivo preço de 30 reais cobrados para a arquibancada. Na derrota para a ulbra, o público foi de 19 mil. Na partida seguinte, contra o Santa Cruz, caiu para 17 mil. E depois da tunda sofrida contra o Vélez, o clássico contra o Juventude levou apenas 12 mil colorados ao gigante. Ou seja, uma combinação dos erros mais os preços abusivos está fazendo o Inter perder o apoio da torcida, que foi fundamental para que o Inter fosse imbatível em casa e conquistasse a Libertadores ano passado.

* Erro 6: time tiutlar e esquema indefinidos. Voltamos ao velho problema do início de 2006, onde não tínhamos um esquema de jogo, nem mesmo sabíamos qual era o time considerado titular. O Inter ainda não teve uma seqüência de jogos com o mesmo time. Tanto o Abel como o Lisca (quando este treinou o time no Gauchão em algumas partidas) mudam de esquema e de jogadores como trocam de roupa, não permitindo o entrosamento do time com o tempo.

Além disso, resgataram o famigerado 3-5-2 do tempo do Burricy, conecido como esquema "chama-derrotas". Com o 3-5-2, perdemos por 3x1 para a Ulbra e Santa Cruz. O Abel acenou que colocaria o time no 3-5-2 contra o Vélez, mas acabou voltando atrás. Infelizmente o Inter perdeu igual, mas o motivo será explicado no erro "número 7", o qual eu considero a principal explicação para o insucesso temporário do Colorado.

* Erro 7: Abel e suas ovelhinhas. Sim, este tem sido o maior erro cometido pelo Inter até agora. O Abel não desiste de volta-e-meia escalar os seus "bruxinhos" no time principal do Inter. O fracasso contra o Vélez foi a gota d'água! De onde ele achou que poderia derrotar o adversário na casa deles escalando o Michel (sempre ele) e Adriano Gabiru no meio-campo?

Um comentário:

Anônimo disse...

Ae Ultra, ganhamos mas ainda não convencemos ninguém, e sei la se vms convencer, nosso time ta meia boca, precisa urgentemente arrumar a casa se não não iremos se classificar em nenhuma competição.

Ae irmão será q ae em floripa eu encontro aquela camisa comemorativa com as assinaturas dos jogadores do mundial? tu q mora será q tem como saber? Por favor me responda pois eu quero ir a capital somente compra-la.

Falow

Falow